O ex-prefeito de Poconé por dois mandatos, Clóvis Martins (PTB), teria pago R$ 250 mil a advogados lobistas para que intermediassem nas decisões do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE) em favor dele. A negociata do petebista, que perdeu o mandato sob acusação de compra de votos, foi evidenciada por meio das interceptações telefônicas efetuadas pela Polícia Federal.
O relatório mostra que o montante foi pago com cheques pré-datados e, em diálogo com o advogado Eduardo Gomes Filho, o Dudu, filho do ex-secretário de Saúde de Alto Paraguai, Clóvis reclama do alto valor cobrado e condiciona o pagamento do restante do dinheiro com a publicação da decisão favorável a ele.
No entanto, mais adiante Clóvis é informado por Dudu de que a decisão está pronta, mas que é preciso “cobrir” o cheque para então negociar com o juiz do TRE, relator do processo. A PF relata a influência do advogado perante alguns magistrados do TRE em relação a outro caso. Desta vez, trata-se da ex-prefeita de Alto Paraguai, Diane Alves (PR), cujo relator era o juiz membro do TRE, Eduardo Jacob. “Podemos observar a partir da ação de Dudu a força do tráfico de influência obtido por ele (Dudu) no TRE, uma vez que há claro favorecimento por parte do membro do TRE (Jacob), no momento em que expõe sua forma de pensar, facilitando assim, a manifestação de apenas uma das partes da lide (briga)”.
A articulação, no caso de Alto Paraguai, seria no sentido de tentar indeferir na Justiça Eleitoral os recursos do prefeito eleito, Adair José Alves Moreira (PMDB), e, com isso, manter Diane no comando da prefeitura. No entanto, a negociação não obteve êxito devido ao descumprimento de um acordo supostamente firmado entre o ex-prefeito de Alto Paraguai, Alcenor Alves, marido de Diane, e o presidente do TRE, Evandro Stábile, que encontra-se licenciado do cargo.
fonte; reporter news
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