Domingos Dutra está no plenário da Câmara ingerindo apenas água.
Presidente nacional do PT diz que não há como reverter apoio a Roseana.
Iara Lemos
Domingos Dutra fez o anúncio por meio da sua
página no twitter (Foto: Reprodução/G1)O deputado federal Domingos Dutra (PT-MA) iniciou uma greve de fome na tarde desta sexta-feira (11) contra a determinação do diretório nacional do PT que revogou a decisão estadual e aprovou o apoio à candidatura de Roseana Sarney.
Dutra está instalado no plenário da Câmara dos Deputados, e desde o começo da tarde, só ingere água. A última refeição foi o almoço, composto de arroz, feijão e torresmo, por volta das 12h30min. Domingos Dutra está no plenário acompanhado de lideranças do PT no Maranhão. Ele comunicou a greve de fome por meio da sua página no Twitter.
" Eu não estou com fome. Estou indignado. Vou passar os dias que forem necessários aqui até conseguirmos reverter essa decisão. Foi uma violência que cometeram com o estatuto do PT", afirma o parlamentar.
A decisão do diretório nacional do PT foi anunciada na manhã desta sexta-feira. A posição revogou a decisão adotada no encontro do diretório do partido no Maranhão, que decidiu apoiar a candidatura do deputado federal Flávio Dino (PCdoB) ao governo do estado, contra Roseana Sarney. Apenas dois militantes de Minas Gerais votaram contrários à decisão do diretório nacional.
De acordo com Domingos Dutra, o grupo do Maranhão não descarta ingressar na Justiça contra o diretório nacional. Ele afirma que não tem medo de ficar debilitado com a greve de fome, que ele promete seguir enquando a decisão não for alterada.
" Eu nasci em um Quilombo chamado Saco de Almar. Eu tenho uma barriga econômica com tripas estreitas. Vou ficar aqui sem comer o que tempo que for necessário", afirma.
O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, afirmou que não há possibilidade de o diretório nacional reverter a decisão de apoiar a candidatura de Roseana. Ele afirmou que o deputado tem liberdade de fazer o protesto que quiser.
" Cada um tem liberdade de tomar a decisão que quiser. Eu temo pela saúde do deputado, mas a nossa decisão é irrevogável. No PT, a decisão está tomada e não temos o que fazer", afirmou Dutra.
fonte: G1- Brasília.
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