terça-feira, 31 de julho de 2012

Abicalil pressionou para impedir citação do filho de Lula no relatório do mensalão


Foto: Reprodução
Abicalil pressionou para impedir citação do filho de Lula no relatório do mensalão
Da Editoria - Marcos Coutinho

O ex-deputado federal Carlos Abicalil (PT) foi um atuante membro da tropa de choque criada supostamente com respaldo do Palácio do Planalto para impedir que o filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luis, o Lulinha, fosse citado como um dos beneficiários do esquema articulado por líderes petistas, e com intensa colaboração do publicitário Marcos Valério, no relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o mensalão.

Abicalil e Jorge Bittar (PT-RJ) são citados como dois principais membros da 'tropa de choque' criada para blindar Lulinha e o próprio Lula. Os parlamentares do PT foram denunciados pelo deputado federal Osmar Seraglio (PMDB-RJ), um dos subrelatores da CPI do Mensalão na Câmara. Trechos críticos a Lula e que comprometiam Lulinha foram suprimidos do relatório de Seraglio após as pressões da tropa de choque.

Os membros do PT incubidos de proteger Lulinha, segundo Seraglio informou ao jornal Folha de S. Paulo, diziam: "ou vocês retiram (os trechos que comprometiam o filho de Lula) ou nós vamos criar dificuldades (para aprovação do relatório". Questionado sobre de onde partiam as pressões, o deputado peemedebista afirmou que "tinha pessoas (do Planalto) que acompanhavam, o deputado Carlos Abicalil e o Jorge Bittar".

Fábio Luis, um dos criadores da Gamecorp, foi investigado pelo fato de a Telemar (Oi) ter investido nada menos do que R$ 5 milhões na empresa do filho do presidente, cujo capital incial em 2004 era de apenas R$ 10 mil. De acordo com a Folha, foram suprimidos trechos como "por envolver, naturalmente, como beneficiário do filho do presidente da República".

Também ficou de fora do relatório um parágrafo inteiro que condenava o Ministério da Fazenda e juntas comerciais em alguns estados pelo fato de se recusarem a prestar informações à CPI sobre a Gamecorp.

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