sábado, 14 de julho de 2012

TRE pede e inteligência da PF atua em 5 cidades do Estado

UMO ÀS URNAS | 14/07/2012 - 17:00

Valérya Próspero e Patrícia Sanches

 
   A inteligência da Polícia Federal atua de forma mais incisiva em 5 dos 141 municípios de Mato Grosso. Conforme o TRE, o presidente Rui Ramos acatou pedido de juízes de Campo Verde, Lucas do Rio Verde, Tangará da Serra, Barão de Melgaço e Juara para que recebessem o reforço. Essas cidades têm histórico de pleitos conflituosos e, por isso, há a necessidade de intervenção mais rígida a fim de evitar ocorrência de crimes eleitorais.
    Em Juara, há uma preocupação devido à eleição realizada em 2008. Ela foi permeada por muita confusão no processo de apuração, marcado por tumulto e ameaças. Os votos da última urna apurada com votos de uma aldeia indígena, mudaram o resultado do pleito, sacramentando a derrota de Oscar Bezerra (PSB) por apenas 12 votos. Alcir Paulino (PSD) foi eleito. Neste ano, o marido da deputada Luciane Bezerra (PSB) vai concorrer ao pleito novamente contra Alcir, que busca à reeleição. Também estão no páreo Ney Drogas (DEM) e Cida Felix (PP).
     Campo Verde é um dos municípios polêmicos nos processos eleitorais. Um dos casos mais emblemáticos foi o afastamento do diretor-geral da Policia Civil Paulo Vilela, em janeiro deste ano. Ele é acusado de prevaricação, de cometer crime de quebra de segredo de Justiça em investigação de compra de votos na cidade. O crime teria sido cometido pelo presidente da Assembleia José Riva (PSD), reeleito em 2010.
-- Marcelo Ribeiro (PSD)
Marcelo Ribeiro (PSD)
    Já em Barão de Melgaço a preocupação se refere a polêmica em torno da eleição de Marcelo Ribeiro (PSD), marido da ex-deputada Chica Nunes, em 2008. Ele chegou a ser cassado por compra de votos, mas após longa queda-de-braço com o segundo colocado Ribeiro Torres (PMDB), conseguiu assegurar direito de se manter no cargo. O caso ficou conhecido no país por que foi investigado pela Polícia Federal na Operação Asafe, que prendeu 9 advogados, acusados de participar de um esquema de venda de sentenças. Na época, o então presidente do TRE Evandro Stábile, afastado pelo STJ, deu o voto minerva necessário para que Marcelo voltasse a ser prefeito. Torres e o marido de Chica Nunes voltam a se enfrentar em outubro.
     Tangará da Serra, por sua vez, vive ainda os reflexos dos escândalos políticos que levaram a cassação do prefeito Júlio Cesar Ladeia (PR), do vice José Jaconias (PT) e de outros 4 vereadores acusados de causar rombo de R$ 6 milhões ao erário. A cidade precisou realizar eleição indireta, sendo a primeira do país desde o término da ditadura militar. Na época foi eleito Saturnino Masson (PSDB). 
     Lucas do Rio Verde, por sua vez, não tem histórico de compra de votos. Apesar disso, um dos fatores levados em consideração pelo TRE para que a PF interfira é o alto poder aquisitivo dos candidatos e/ou do grupo em torno dele. Otaviano Pivetta é o mais rico do país com R$ 321 milhões. Já o seu adversário Rogério Ferrarim (PMDB) declarou ter R$ 1,3 milhão.
Fonte: RDNEWS

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