sexta-feira, 6 de julho de 2012

Sindicato acusa JBS-Friboi de maltratar funcionários

Empresa estaria obrigando trabalhadores a condições análogas ao trabalho escravo

Reprodução
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Empresa não estaria cumprindo as normas trabalhistas
LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
A empresa JBS/Friboi, que possui frigoríficos nas cidades de Alta Floresta, Colíder e Matupá, em Mato Grosso, foi acusada no Ministério Público do Trabalho (MPT) de não cumprir normas trabalhistas e de prevenção a doenças e acidentes de trabalho.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Laticínios do Portal da Amazônia (Sintracal), que protocolou a denúncia no MPT de Alta Floresta (830 km ao Norte da Capital) e na Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Mato Grosso (Fetiemt), a empresa estaria obrigando funcionários doentes e acidentados a trabalharem, mesmo com dores.

Consta na denúncia que, nos frigoríficos citados, os trabalhadores são submetidos a condições análogas ao trabalho escravo, tendo o acesso à água e aos sanitários de maneira escassa e controlada.

“Os frigoríficos em nossa região, de maneira geral, se transformaram em fábricas de moer gente, com a complacência e a omissão do Estado”, diz trecho do documento.

Segundo a entidade, os funcionários da JBS/Friboi são constantemente submetidos a jornadas diárias exaustivas, trabalhando duas horas seguidas, com o agravante de estarem em áreas de risco e insalubres, sendo obrigados a vender os dias de abono de férias.

Os trabalhadores também teriam reclamado à entidade da escassez e demora dos ônibus, fazendo com que eles gastem mais de duas horas para chegar ao trabalho.

Segundo a entidade, a visita de fiscais de órgãos competentes às unidades da JBS/Friboi é erceada pela empresa. Os auditores são acompanhados de encarregados que minimizaiam as falhas encontradas e barrariam o acesso aos trabalhadores, que não têm oportunidade de falarem com os fiscais, sem serem observados.

O sindicato e a Fetiemt reivindicam a implantação, nos frigoríficos da JBS/Friboi, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO).

Saúde em risco

De acordo com a denúncia feita no MPT, os trabalhadores da Friboi não contam com equipamentos de proteção individual suficiente – como luvas anticortes e botas antitérmicas –, chegando, muitas vezes, a entrar em contato direto com sangue e vísceras de animais. Quando oferecido, o material seria de baixa qualidade e demoraria a ser substituído em caso de danos.

A empresa também não estaria disponibilizando agasalhos nem dando o intervalo correto para quem trabalha em baixas temperaturas.

Fonte: Midia nwes

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