O procurador regional substituto em Mato Grosso, Gustavo Nogami, pediu o afastamento do presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), Evandro Stábile, “acusado” de participar de esquemas de venda de sentenças no âmbito daquela corte eleitoral. No mesmo sentido, movimentos sociais de combate à corrupção da Capital se uniram na tarde de hoje (1) aos servidores em greve do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso (Sinjusmat), lavando simbolicamente aquela repartição.
Eles pedem o afastamento do presidente do órgão, Evandro Stábile, e do juiz eleitoral, Eduardo Jacob, citado na Operação Asafe como participante de um esquema de venda de sentença.
O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE-MT), através do seu coordenador, Antonio Ceará, atesta que o Poder Judiciário não possui lisura nenhuma para julgar os processos eleitorais e administrativos por contas das graves acusações contra a diretoria máxima do órgão.
“O Poder Judiciário é importante para democracia. No entanto, não pode recair sobre ele qualquer denúncia ou fraude. Afinal, as eleições têm que ocorrer da forma mais transparente possível”, apontou o líder do MCCE.
Sob pressão de vários segmentos da sociedade, Stábile vem dizendo à Imprensa que deixará o cargo somente se for obrigado pela Justiça e que jamais se vai se afastar de forma voluntária. Por motivos óbvios, o magistrado tem evitado dar entrevistas para falar sobre o assunto. Ele alega que as investigações estão em segredo de Justiça.
GREVISTAS
Desde o dia 3 de maio, todas as comarcas estão paralisadas, exigindo do Tribunal de Justiça (TJ) o pagamento de créditos acumulados através dos anos e sempre tratados com muita desconsideração pelos sucessivos dirigentes do Poder Judiciário do Estado. Os grevistas consideram que pagamento parcial da URV, determinado pelo desembargador José Silvério, presidente do TJ não atingiu todas as expectativas da categoria.
Por outro lado, os manifestantes solicitam que o TJ apresente uma proposta para a liquidação da dívida, de forma completa e transparente em seus cálculos. Os servidores exigem também que o TJ pague o auxilio alimentação de R$ 500 reais, além de programar o enquadramento dos oficiais de justiça, conforme determinado pelo CNJ em sua Resolução 48.
O presidente do Sinjusmat, Rosenval Rodrigues, disse que a única pessoa que poderia socorrer neste momento da greve seria o governo do Estado. Ele comentou que esteve há duas semanas com o governador Silval Barbosa (PMDB), que manifestou apoio à categoria em relação à complementação salarial. “Após esse encontro ele (Silval) não nós deu resposta”, questionou.
A reportagem este em contato com a assessoria de imprensa do governador, mas a informação repassada por eles é de que Silval estava em viagem à Brasília cumprindo agenda em vários ministérios.
fonte: Olhar direto.
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