terça-feira, 1 de junho de 2010

Políticos entram com representação no CNJ contra Julier e AvelarEles apontam falhas na condução do processo na Justiça Federal que resultou na Operação Jurupari

O governador do Estado, Silval Barbosa, o ex-governador Blairo Maggi, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva, sete deputados federais e mais quatro deputados estaduais protocolaram na tarde desta terça-feira uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o juiz federal Julier Sebastião da Silva e contra o procurador da República Mário Lúcio Avelar.

Os políticos pedem a quebra do sigilo telefônico do magistrado e dos procuradores Mário Lúcio Avelar, Douglas Santos Araújo e Ludmila Bortoleto Monteiro. Também requerem o afastamento imediato do juiz Julier e do procurador Avelar de suas funções, além de abertura de processo administrativo. Para os autores da representação, o afastamento do magistrado e do procurador é necessário como "medida de garantia das investigações, uma vez que eles têm acesso direto aos documentos citados e ascensão hierárquica aos servidores que auxiliarão na apresentação de documentos e que também servirão de testemunhas".

O juiz Julier Sebastião da Silva foi quem decretou as prisões dos 91 acusados de crimes ambientais na Operação Jurupari. E os procuradores assinaram os pedidos e denunciaram os acusados. As autoridades autoras da reclamação ao CNJ apontam falhas na distribuição do processo na Justiça Federal, falta de necessidade das prisões e afirmam que a ação foi política. Segundo os políticos, grande parte dos acusados não está mais no exercício do cargo "portanto, não oferece riscos à investigação"

O deputado federal Pedro Henry, que também assinou a representação, foi quem liderou o movimento contra os procuradores e o juiz. A Operação Jurupari foi deflagrada no dia 21 de maio depois que a Polícia Federal constatou que a organização criminosa causou um dano ambiental de R$ 900 milhões no Estado.

O juiz federal Julier Sebastião da Silva defendeu, na semana passada, a legalidade da operação. Ele afirmou que agiu dentro da lei. Já o procurador da República Mário Lúcio Avelar não foi encontrado para falar sobre a reclamação protocolada no CNJ.
fonte: TVCA

Nenhum comentário:

Postar um comentário