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sábado, 8 de maio de 2010
Ato contra corrupção não pode falar apenas dos desmandos da Sefaz, de onde sumiram 36 milhões. Precisa gritar também sobre o escândalo da Assembléia,
O empresário Aldo Locatelli, atual presidente do Sindicato Patronal dos Postos (Sindipetróleo) aparece como um dos principais articuladores do ao contra a corrupção, que está sendo puxado por 26 entidades e que está sendo marcado para as 16 horas da próxima segunda-feira, dia 10 de maio. O grande objetivo de Locatelli é expor cada vez mais a figura já muito desgastada de Éder Morais, cuja permanencia no cargo de Secretário Chefe da Casa Civil do governo de Silval é um grande mistério.
Só que é uma piada, nesta altura do campeonato, charmar um ato contra a corrupção, na capital de Mato Grosso, sem falar no escândalo da Assembléia Legislativa, onde o deputado Geraldo Riva e outros 23 denunciados são acusados pelo Ministério Público Estadual de terem desviado quantia que pode chegar à soma exorbitante de 500 milhões de reais, em valores corrigidos, desde o inicio dos processos, que vem desde 2002, nos desdobramentos da Operação Arca de Noé e do desbaratamento da quadrilha do "comendador" Arcanjo.
Para atacar a corrupção é preciso mais do que uma penima de um empresário contra um secretário de Estado. É preciso considerar os interesses de toda a sociedade. Eu, pessoalmente, acho que não dá pra fazer um Fora, Éder Morais, sem fazer junto um Fora, Riva - até porque estas duas figuras tem atuação imbricada. Uma das razões pelas quais Éder Morais construiu o poder que hoje detém é porque expressa e traduz grande parte dos interesses de Geraldo Riva no comando do Governo do Estado.
Que repúdio à corrupção tão seletivo é esse - que se choca com 36 milhões, cujo desvio ainda está sendo investigado e esclarecido pelas autoridades públicas (Ministério Público, Auditoria do Estado, Delegacia Fazendária, etc) e fecha os olhos para o rombo denunciado pelo MP no Legislativo Estadual, objeto de mais de 100 ações no Judiciário e que já motivou cinco sentenças condenatórias contra o deputado Riva na Vara Especializada em Ação Popular e Ação Civil Pública?
Não se pode lançar um olhar corrompido sobre a corrupção, não se pode fazer do combate à corrupção um movimento pela metade... Não se pode deixar de falar do superfaturamento dos caminhões, mas também não se pode esquecer a Assembléia Legislativa, o PAC, a construção do Forum de Cuiabá, as vendas de sentenças, o Escândalo da Maçonaria, o Escândalo da Cooperlucas e tantos esqueletos que existem nos armários da política de Mato Grosso.
Manifestação contra a corrupção que não generaliza, que partidariza...acaba virando campanha eleitoral. Coisa de partidários do PSDB contra partidários do PMDB. De partidários de Mauro Mendes e Pedro Taques contra partidários de Silval e Maggi...e por aí afora...
Deixo aqui minha opinião
Fonte: blogue do Enock
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