População de Lucas do Rio Verde cobra mais compromisso nas investigações sobre desvio de dinheiro público

Para muitos o caso já faz parte do passado, mas para a maioria da população de Lucas do Rio Verde, ele ainda é uma realidade bem presente. Depois que o Ministério Público Estadual (MPE), por meio da Promotoria de Justiça do município, obteve liminar em duas ações civis públicas por ato de improbidade administrativa contra o ex-secretário de Obras do município, Rafael de Castro Balizardo, a expectativa era que as investigações avançassem e o caso fosse esclarecido. Ao contrário do que se esperava o cenário agora é de silêncio total, como se nenhum delito tivesse sido cometido.

Na época, o MP apreendeu documentos em residências e órgãos públicos. A auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) comprovou que, na gestão do ex-secretário, houve fraudes em procedimentos licitatórios, desvio de recursos públicos e concessão indevida de benefícios. Situação que a promotora Patrícia Eleutério Campos, classificou, segundo consta na ação, como ‘uma verdadeira organização criminosa junto à secretaria, por causa da falta de controle interno da administração pública’.

As investigações iniciaram em 2007, por causa de suspeitas sobre o rápido e grande crescimento patrimonial do ex-secretário. O MP chegou a pleitear liminarmente a indisponibilidade de bens do ex-secretário e de seus pais, na tentativa de ressarcir os valores desviados. O montante chegaria a R$ 1,6 milhão. Na época, mais de 20 pessoas foram acusadas de envolvimento no caso, inclusive o deputado estadual e ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT). Contudo, o caso parece ter sido arquivado, pois não se ouve falar sobre o andamento das investigações. A sociedade cobra esclarecimentos e punição dos envolvidos, bem com o ressarcimento da verba desviada.

Da Redação
Fonte: Nortaonoticias.